Século XIX na Europa: o Impressionismo

Texto que passei na sala de aula

O Impressionismo foi um movimento que revolucionou a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX. Os impressionistas buscavam observar os diversos efeitos da luz solar sobre os objetos ao longo do dia para registrar na tela as variações provocadas nas cores da natu¬reza. Eles não chegaram a formar uma escola ou sistema; apenas compartilharam algumas técnicas e procedimentos gerais.

Os grandes pintores impressionistas

O primeiro contato do público com os impressionistas foi em uma exposição coletiva realizada em Paris em 1874. O público e os críticos, porém, reagiram mal ao movimento, pois ainda se mantinham fiéis à pintura tradicional. Só na década seguinte os impressionistas começaram a ser compreendidos.

Monet: as cores mutáveis da natureza

O francês Claude Monet (1840-1926) apreciava a pintura ao ar livre, que lhe permitia reproduzir os efeitos da luz solar diretamente da natureza. O maior exemplo desse interesse está na série que teve como tema a fachada da catedral de Rouen. Ele a pintou em vários momentos do dia, registrando as diferentes impressões que ela lhe causava.

Renoir: alegria e otimismo

Dos impressionistas, o francês Pierre Auguste Renoir (1841-1919) foi o que ganhou maior popularidade, chegando a ter o reconhecimento da crítica ainda em vida. Seus quadros expressam otimismo, alegria e a intensa movimentação da vida parisiense das últimas décadas do século XIX .

Em 1869, Renoir envolveu-se em uma curiosa coincidência. Ele e Monet pintaram a mesma cena: um grupo divertindo-se próximo a um rio. O fato, além de dar fama às duas telas, mostrou bem o empenho de ambos os artistas em explorar as superfícies que refletem a luz.

Degas: a luz dos ambientes fechados

O francês Edgar Degas (1834-1917) participou do impressionismo, mas desenvolveu um estilo diferente: além da cor, a grande paixão dos impressionistas, ele valorizava o desenho. Pintou poucas paisagens e cenas ao ar livre: em seus quadros predominam os ambientes interiores, onde a luz é artificial. Seu grande interesse era flagrar um momento da vida das pessoas, apreender um instante do movimento de um corpo ou da expressão de um rosto.

A tentativa de flagrar instantes revela a influência da fotografia sobre Degas. É inegável a semelhança de alguns de seus quadros com fotos instantâneas: as pessoas são pintadas como se tivessem sido registradas em um momento da ação que realizam, despreocupadas com a presença do artista.

A evolução do Impressionismo: o Pontilhismo
Em 1886 ocorreu na França a última exposição coletiva dos impressionistas. Uma nova tendência artística teria lugar com dois de seus participantes - Georges Seurat e Paul Signac -, que aprofundaram as pesquisas impressionistas quanto à percepção óptica, isto é, o modo como os objetos são vistos.

Georges Seurat (1859-1891), em especial, reduziu as pinceladas a um sistema de pontos uniformes que, no conjunto, permitem perceber uma cena. Essa técnica foi chamada de pontilhismo: as figuras são representadas com fragmentos ou pontos, cabendo ao observador percebê-las como um todo plenamente organizado.

Paul Signac (1863-1935) foi outro grande pintor que dominou a técnica pontilhista. Ele gostava de observar o movimento da água no mar e nos rios, e procurou registrá-lo em muitas de suas obras.

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