Chamou-se Renascimento o movimento cultural desenvolvido na Europa entre 1300 e 1650, Tal nome sugere um súbito reviver dos ideais greco-romanos, o que não é de todo correto: mesmo no período medieval o interesse pela cultura clássica não desapareceu. Exemplo disso é Dante Alighieri (1265-1321), poeta italiano que manifestou entusiasmo pelos clássicos. Também nas escolas das catedrais e dos mosteiros, autores latinos e filósofos gregos eram muito estudados.
A arquitetura
No período românico construíam-se templos fechados. A arquitetura gótica buscou a verticalidade. Já o arquiteto do Renascimento buscou espaços em que as partes do edifício parecessem proporcionais entre si. Procurou, ainda, uma ordem que superasse a busca do infinito das catedrais góticas.
Um dos primeiros arquitetos a expressar esses ideais foi Filippo Brunelleschi (1377-1446). Exemplo de artista completo, foi pintor, escultor e arquiteto, além de dominar conhecimentos de matemática e geometria. Destacou-se como construtor e teve participação decisiva na construção da catedral de Florença - igreja de Santa Maria dei Fiore. A construção dessa catedral começou em 1296; em 1369 as obras haviam terminado, mas o espaço a ser ocupado por uma cúpula continuava aberto. Em 1420, coube a Brunelleschi projetá-la.
Humanismo, o espírito do Renascimento
Podemos entender humanismo como a valorização do ser humano e da natureza em oposição ao divino e ao sobrenatural, ideias muito presentes na Idade Média.
Os artistas do Renascimento expressaram sempre os maiores valores da época: a racionalidade - traduzida no rigor científico, na experimentação e na observação da natureza - e a dignidade humana.
A pintura
No fim da Idade Média e no Renascimento, predomina uma interpretação científica do mundo. Sobretudo na pintura, isso se traduz nos estudos da perspectiva segundo os princípios da matemática e da geometria. O uso da perspectiva conduz a outra tendência do período: o uso do claro-escuro, que consiste em pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra. Esse jogo de contrastes dá aos corpos uma aparência de volume. A combinação da perspectiva e do claro-escuro, por sua vez, contribui para dar maior realismo às pinturas, isto é, torna-as mais próximas da realidade.
Outro aspecto da arte do Renascimento, em especial da pintura, é a formação de um estilo pessoal. Mais livre em relação ao rei e à Igreja, o artista é como o vemos hoje: um criador independente, que se expressa contando apenas com sua capacidade de criação. Daí haver, no Renascimento, inúmeros artistas de prestígio, com características próprias.
Piero delia Francesca: a geometria do humano
Para Piero delia Francesca (1410-1492) a pintura não tem por função principal representar um acontecimento ou transmitir emoções, como alegria, tristeza, sensualidade. Sua obra apresenta, muitas vezes, uma composição geométrica combinada ao uso de áreas de luz e sombra.
Botticelli: a linha que sugere ritmo
Botticelli: a linha que sugere ritmo
Sandro Botticelli (1445-1510) é considerado o artista que melhor transmitiu, no desenho, um ritmo suave e gracioso às figuras. Seus quadros - com temas tirados da Antiguidade grega ou da tradição cristã - buscam expressar o ideal de beleza do artista.
Leonardo da Vinci: conhecimento científico e beleza artística
Da Vinci (1452-1519) teve múltiplos interesses e habilidades. Aos 17 anos, em Florença, foi aprendiz de Verrocchio, escultor e pintor consagrado. Em 1482 foi para Milão, onde fez um projeto urbanístico completo para a cidade: uma rede de canais e um sistema de abastecimento de água e de esgotos, ruas alinhadas, praças e jardins públicos.
Por volta de 1500 o artista passou a dedicar-se a estudos de perspectiva, óptica, proporções e anatomia. Nessa época, fez milhares de desenhos com anotações e os mais diversos estudos sobre anatomia humana, proporções de animais, movimentos, plantas de edifícios e engenhos mecânicos.
Da Vinci pintou pouco: o afresco mural Última ceia (fig. 7.9) e cerca de quinze quadros, entre os quais destacam-se Mona Lisa e A virgem e o menino. Dominou com sabedoria o jogo de luz e sombra e criou uma atmosfera que, partindo da realidade, estimula a imaginação do observador.
Michelangelo: a expressão da dignidade humana
Aos 13 anos, Michelangelo (1475-1564) foi aprendiz de Domenico Ghirlandaio, consagrado pintor de Florença. Depois, freqüentou a escola de escultura mantida por Lourenço Médici, também em Florença. Entre 1508 e 1512, trabalhou na pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano, para o qual concebeu grande número de cenas do Antigo Testamento.
Rafael: a simplicidade e a harmonia
Rafael Sanzio (1483-1520) é considerado o pintor renascentista que melhor desenvolveu os ideais clássicos de beleza: harmonia e regularidade de formas e cores. Tornou-se muito conhecido por pintar as figuras de Maria e Jesus, e seu trabalho transformou-se em modelo para o ensino de pintura em muitas escolas mais tradicionais.
A escultura
Na escultura italiana do Renascimento destacam-se Michelangelo e Andrea dei Verrocchio. Verrocchio (1435-1488) trabalhou em ourivesaria, o que influenciou sua escultura: algumas de suas obras possuem detalhes que lembram o trabalho de um ourives - artesão que trabalha com peças de ouro. Entre elas, destaca-se Davi, escultura da personagem bíblica que venceu o gigante Golias, poderoso soldado de um exército inimigo do povo de Israel. Quando a observamos, inevitavelmente a comparamos ao Davi de Michelangelo, pois as duas figuras são extremamente diversas entre si.
Na escultura, a criatividade de Michelangelo manifestou-se ainda em outros trabalhos, como a Pietà, conservada atualmente na basílica de São Pedro, em Roma.
Leonardo da Vinci: conhecimento científico e beleza artística
Da Vinci (1452-1519) teve múltiplos interesses e habilidades. Aos 17 anos, em Florença, foi aprendiz de Verrocchio, escultor e pintor consagrado. Em 1482 foi para Milão, onde fez um projeto urbanístico completo para a cidade: uma rede de canais e um sistema de abastecimento de água e de esgotos, ruas alinhadas, praças e jardins públicos.
Por volta de 1500 o artista passou a dedicar-se a estudos de perspectiva, óptica, proporções e anatomia. Nessa época, fez milhares de desenhos com anotações e os mais diversos estudos sobre anatomia humana, proporções de animais, movimentos, plantas de edifícios e engenhos mecânicos.
Da Vinci pintou pouco: o afresco mural Última ceia (fig. 7.9) e cerca de quinze quadros, entre os quais destacam-se Mona Lisa e A virgem e o menino. Dominou com sabedoria o jogo de luz e sombra e criou uma atmosfera que, partindo da realidade, estimula a imaginação do observador.
Michelangelo: a expressão da dignidade humana
Aos 13 anos, Michelangelo (1475-1564) foi aprendiz de Domenico Ghirlandaio, consagrado pintor de Florença. Depois, freqüentou a escola de escultura mantida por Lourenço Médici, também em Florença. Entre 1508 e 1512, trabalhou na pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano, para o qual concebeu grande número de cenas do Antigo Testamento.
Rafael: a simplicidade e a harmonia
Rafael Sanzio (1483-1520) é considerado o pintor renascentista que melhor desenvolveu os ideais clássicos de beleza: harmonia e regularidade de formas e cores. Tornou-se muito conhecido por pintar as figuras de Maria e Jesus, e seu trabalho transformou-se em modelo para o ensino de pintura em muitas escolas mais tradicionais.
A escultura
Na escultura italiana do Renascimento destacam-se Michelangelo e Andrea dei Verrocchio. Verrocchio (1435-1488) trabalhou em ourivesaria, o que influenciou sua escultura: algumas de suas obras possuem detalhes que lembram o trabalho de um ourives - artesão que trabalha com peças de ouro. Entre elas, destaca-se Davi, escultura da personagem bíblica que venceu o gigante Golias, poderoso soldado de um exército inimigo do povo de Israel. Quando a observamos, inevitavelmente a comparamos ao Davi de Michelangelo, pois as duas figuras são extremamente diversas entre si.
Na escultura, a criatividade de Michelangelo manifestou-se ainda em outros trabalhos, como a Pietà, conservada atualmente na basílica de São Pedro, em Roma.
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