O Renascimento na Alemanha e nos Países Baixos


Texto que passei em sala de aula

Com o tempo, as ideias dos artistas italianos que valorizavam a cultura greco-romana começaram a se expandir. Artistas como Dürer, na Alemanha, e Holbein, Bosch e Bruegel, nos Países Baixos, renovaram a pintura em seus países inspirados pela pintura italiana renascentista.

Dürer: a arte e a realidade

Albrecht Dürer (1471-1528) foi um dos primeiros artistas alemães a representar o corpo humano com uma beleza ideal, como imaginaram os artistas clássicos gregos e romanos. Como se dedicou à geometria e à perspectiva, valorizou também a observação da natureza e a reproduziu fielmente em muitos de seus trabalhos.

Dürer foi famoso também como hábil gravador - artista que produz gravuras usando como matriz a madeira ou o metal.

Hans Holbein: a dignidade humana

Hans Holbein (1498-1543) ficou conhecido como retratista de personalidades políticas, financeiras e intelectuais da Inglaterra e dos Países Baixos. Seus retratos destacam-se pelo realismo e pela aparência de tranqüilidade das pessoas retratadas. Ele procurou também dominar a técnica da pintura para expressar um dos ideais renascentistas de beleza: a dignidade do ser humano.

Bosch: a força da imaginação

Hieronymus Bosch (1450-1516) criou uma obra inconfundível, rica em símbolos da astrologia, da alquimia* e da magia do final da Idade Média. Nem todos os elementos presentes em suas telas, porém, podem ser decifrados, pois muitas vezes ele combina aspectos de diversos seres - animais ou vegetais - e cria estranhas formas sem motivo aparente. O que pretendia ele? Alguns estudiosos veem em sua obra a representação do conflito que inquietava o espírito humano no final da Idade Média: de um lado, o sentimento do pecado ligado aos prazeres materiais; de outro, a busca das virtudes na vida ligada à espiritualidade. Além disso, muitas crenças religiosas espalharam-se pela Europa entre as pessoas mais simples e fortaleceram superstições, talvez representadas na pintura de Bosch.

Bruegel: um retrato das aldeias medievais

Pieter Bruegel, o Velho (1525-1569), viveu nas grandes cidades da região de Flandres, já sob a influência dos ideais renascentistas, mas retratou a realidade das pequenas aldeias que ainda conservavam a cultura medieval. É o caso, por exemplo, da pintura Jogos infantis.

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