A lagartinha que se chamava Isabele, estava muito feliz no seu passeio, quando ouviu um barulhinho:
_Quá, quá, quá...
_ O que será isso? _ Pensou a lagartinha. E ela pensou alto. Foi então que ela ouviu uma voz.
_ Sou eu dona lagarta.
_ Eu quem?
_Eu. O pato Songa Monga.
_ Que nome? Songa Monga!
_ É. Songa Monga. Meu dono me colocou esse nome porque me acha muito parado, lerdo quando nado... Não gosto, mas quem sou eu para reclamar ao Homem.
_ Pra passear, não precisa tanta agilidade, assim. Vamos andar por ai. Só andar, nadar não, porque eu me afogo.
E assim, eles foram conversando distraidamente, olhando a natureza em volta.
A lagartinha, que tinha ares de professora, foi explicando:
Sabe, seu Songa Monga, o mundo já foi melhor. Houve um tempo que bebíamos a água do rio bem limpinha, os campos eram verdinhos, sem lixo e sem queimadas. O ar, que beleza! Podíamos respirar a vontade sem nos sufocarmos com a poluição da fumaça dos carros, dos cigarros, do cheiro do lixo nos terrenos vazios.
_ Lixo em terreno vazio? _Interrogou o pato, intrigado.
_ É. _ Respondeu com muita sabedoria Isabele. _ Você não sabia?
_ Amiga lagarta, costumo nadar, não tenho o hábito de ficar andando por ai. E sei muito bem o mal que a poluição faz aos patos, peixes e seres humanos que se utilizam da água. Mas lixo em terreno vazio eu não sabia...
Você não sabia por que não anda por ai. Agora o Homem coloca lixo nos terrenos vazios. Até animais mortos.
_ Eles não enterram os animais?_ Perguntou Songa Monga, que parecia não estar acreditando.
Novamente com ares de professora, Isabele explicou:
_ Alguns, não. Tem pessoas Que deixam o bichinho jogado em qualquer campinho. Já vi jogado até em calçada. Um dia desses, vi um patinho igual a você jogado no meio de um campo. Cheirava muito mal. O pior disso tudo é que tinha um menino brincando perto dele.
Os Homens têm que entenderem que isso é um desrespeito com os animais, com os vizinhos e com as crianças.
No olhar do patinho se via muita tristeza.
_ É, lagartinha. Isso é muito triste. O Homem ainda tem a ousadia de me chamar de Songa Monga....
Cleusa Regina Teixeira de Moura – 09-09-2007
Fonte: Comunidade do Orkut
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